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21 de jun. de 2010

Maria Bethânia



 Maria Bethânia Viana Telles Velloso[1], mais conhecida como Maria Bethânia, (Santo Amaro da Purificação, Bahia, 18 de Junho de 1946) é uma cantora brasileira que tem a marca de ser a segunda artista feminina em vendagem de discos do Brasil, sendo a maior da MPB, com 26 milhões de cópias. Atende pela alcunha de Abelha-rainha por causa do primeiro verso da música que dá nome ao LP Mel de 1979.

Considerada por muitos brasileiros uma das maiores cantoras da história do Brasil. É irmã caçula do compositor Caetano Veloso e da poetisa e escritora Mabel Velloso.

Biografia

Nascida na Bahia, é a sexta filha de José Teles Veloso (Seu Zezinho), funcionário público dos Correios, e de Claudionor Viana (Dona Canô). É irmã da escritora Mabel Velloso e do compositor Caetano Veloso, e tia da cantora Belô Velloso e de Jota Velloso

Seu nome foi escolhido pelo irmão Caetano Veloso, inspirado em uma canção famosa à época, a valsa Maria Betânia, do compositor Capiba, um sucesso na voz de Nélson Gonçalves.

Maria Bethânia tornou-se uma das principais intérpretes da música brasileira, pois alguns críticos da música a julgam como incapaz de escrever suas próprias composições. Assim como Caetano, um dos maiores cantores e compositores contemporâneos brasileiros, mundialmente conhecido.

Bethânia foi criada na cidade de Santo Amaro da Purificação e, por ter sido criada na religião católica com influência do candomblé, é devota de vários santos e adepta tradicional do segmento religioso africano Ketu.[2]

Trajetória artística

Hoje considerada uma das maiores intérpretes de sua geração, na infância sonhava em ser atriz, mas o dom para a música falou mais alto. Participou na juventude de espetáculos semi-amadores em parceria com Tom Zé, Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil; em 1960 mudou-se para Salvador na intenção de terminar os estudos e passou a frequentar o meio artístico, ao lado do irmão Caetano. Em 1963, estreou como cantora na peça Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues. No ano seguinte, apresentou espetáculos como Nós por Exemplo, Mora na Filosofia e Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova, ao lado do irmão Caetano Veloso e o colega Gilberto Gil, então iniciantes, a quem lançou como compositores e cantores nacionais e a cantora Gal Costa, dentre outros.

A data oficial da estreia profissional é 13 de fevereiro de 1965, quando substituiu a cantora e violonista Nara Leão no espetáculo Opinião pois a mesma precisou se afastar por problemas de saúde. Nesse mesmo ano, foi contratada pela gravadora RCA, que posteriormente transformou-se em BMG (atualmente Sony BMG), onde gravou o primeiro disco, lançado em junho daquele mesmo ano. O primeiro sucesso foi a canção de protesto Carcará, no repertório deste, que também incluía, dentre outras, as músicas Mora na filosofia, Andaluzia, Feitio de oração e Sol negro, esta última em dueto com Gal Costa (que à época ainda usava o nome artístico de Maria da Graça). Depois lançou um compacto triplo, Maria Bethânia canta Noel Rosa, que trouxe as músicas Três apitos, Pra que mentir, Pierrô apaixonado, Meu barracão, Último desejo e Silêncio de um minuto, acompanhada apenas por um violão, de Carlos Castilho. Ainda em 1966, depois de voltar à Bahia por um breve período, participou dos espetáculos Arena canta Bahia e Tempo de guerra, ambos dirigidos por Augusto Boal, também competindo em festivais. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, apresentou-se em teatros e casas noturnas de espetáculos, tornando-se assim nacionalmente conhecida.

Doces Bárbaros

Foi também a idealizadora do grupo Doces Bárbaros, onde era um dos vocais da banda, que lançou um disco ao vivo homônimo juntamente com os colegas Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disto, curiosamente na época do lançamento (1976) foi duramente criticado. Doces Bárbaros era uma típica banda hippie dos anos 1970, e ao longo dos anos, este lema foi tema de filme com direção de Jom Tob Azulay, DVD, enredo da escola de samba Estação Primeira de Mangueira em 1994 com a canção Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu, já comandaram trio elétrico no carnaval de Salvador, espetáculos na praia de Copacabana e uma apresentação para a Rainha da Inglaterra. Sobre esse encontro, escreveu Caetano Veloso: Eu, Gil e Gal podemos nos discutir as atitudes e as posturas, mas com relação a Betânia há sempre um respeito aristocrático que o ritmo do seu comportamento exige. E nós estamos sempre aprendendo com ela algo dessa majestade.

Inicialmente o disco seria registrado em estúdio, mas por sugestão de Gal e Bethânia, foi o espetáculo que ficou registrado em disco, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo em estúdio, com as canções Esotérico, Chuckberry fields forever, São João Xangô Menino e O seu amor, todas gravações raras.

Década de 1980

Desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), até o fim da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos que apresentavam os novos talentos, registrando índices recordes de audiência. Maria Bethânia participou do especial Mulher 80 (Rede Globo), um desses marcantes momentos da televisão; o programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então abordando esta temática no contexto da música nacional e da ampla preponderância das vozes femininas, com Elis Regina, Fafá de Belém, Marina Lima, Simone Bittencourt de Oliveira, Rita Lee, Joanna, Zezé Motta, Gal Costa, Maria Bethânia e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher.

Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura e feminismo cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de Mágoa e Seca d´Água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.

Foi a primeira cantora brasileira a vender mais de um milhão de cópias em um único disco (Álibi, 1978, que contou com as respectivas participações especiais da sambista Alcione e Gal Costa nas músicas O meu amor e Sonho meu) e esse sucesso se repetiu nos dois álbuns subsequentes: Mel e Talismã (1980), que também obtiveram expressivas vendas (inclusive este último chegou a ver 700 mil cópias em quinze dias com a participação dos cantores e compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil na faixa Alguém me avisou), e inovou no gênero acústico com os dois trabalhos seguintes, Ciclo (1983) e A Beira e o Mar (1984), contrastando totalmente com a sonoridade da época, os trabalhos comerciais, com arranjos e teclados de Lincoln Olivetti, que não tiveram o mesmo apelo popular. Neste primeiro, considerado pela artista o melhor de toda a trajetória, os erros de divulgação da gravadora comprometeram o sucesso do disco onde Fogueira foi a única canção a obter destaque e foi incluída na trilha sonora da novela global Transas e caretas de Lauro César Muniz, tendo sido elogiado pela crítica especializada e recebido com estranheza pelo grande público, apresentando um repertório de onze canções, das quais nove eram inéditas, e apenas duas regravações (Rio de Janeiro - Isto é o meu Brasil e Ela disse-me-assim) e no LP A Beira e o Mar, originado do espetáculo A hora da estrela, cujo título remete ao famoso livro homônimo de Clarice Lispector, o repertório misturou canções inéditas e regravações (Na primeira manhã, Nossos momentos, ABC do Sertão, Somos iguais e Sonho impossível - esta última gravada pela terceira vez, já que havia sido gravada anteriormente nos álbuns A cena muda e Chico Buarque e Maria Bethânia - ao vivo e dali a treze anos, novamente no CD Imitação da vida), também foi pouco divulgado e se definiu a primeira saída da gravadora Polygram (atualmente Universal Music), de onde era contratada desde 1971 (com o álbum Maria Bethânia Viana Teles Veloso - A tua presença, sucesso de público e crítica) e à qual só retornaria dali a cinco anos. O disco que marca essa volta é Memória da Pele; durante este intervalo de tempo, aconteceu uma breve passagem pela primeira gravadora, a RCA, com a qual assinou contrato para a gravação de três discos, mas acabou gerando apenas dois. São eles: Dezembros e Maria, lançados em 1986 e 1988, respectivamente.

A antológica interpretação de Na primeira manhã surpreendeu Milton Nascimento, inspirando-o a escrever, em parceria com Fernando Brant, a música Canções e momentos inclusa no repertório do disco Dezembros, do qual também fez participação especial nesta música, que também trazia, dentre outras, os sucessos Anos dourados, Gostoso demais e Errei sim; já Maria, originado do espetáculo homônimo dirigido por Fauzi Arap no ano anterior, contou com as participações especiais da cantora Gal Costa (na toada O ciúme, acompanhada somente do sintetizador de Benoit Corboz, que também escreveu o arranjo para esta canção) e duas internacionais: o grupo sul-africano Lady Smith Black Mambazo (na faixa de abertura, A terra tremeu/Ofá) e a atriz francesa Jeanne Moureau (na música Poema dos olhos da amada, declamando uma versão em francês do poema de Vinícius de Morais); não fosse pelo sucesso de duas músicas românticas nas paradas de sucesso, as baladas Tá combinado e Verdades e mentiras, que integraram a trilha sonora das novelas globais Vale tudo e Fera radical, respectivamente, faixas com certo apelo para as rádios, este trabalho teria sido um dos mais anticomerciais da carreira até então, pois contou com uma leitura totalmente acústica - e isto em plena ascensão das duplas pop/sertanejas e do advento da lambada.

Anos 1990

Em 1990, Bethânia comemorou 25 anos de carreira com o LP 25 Anos, cujo repertório, essencialmente brasileiro, evocava diversas culturas deste país, trazendo canções consagradas e pouco conhecidas, entre regravações e inéditas. O disco contou com a participação especial de vários cantores e músicos, dentre os quais Gal Costa, Alcione, João Gilberto, Egberto Gismonti, Nina Simone, Fátima Guedes, Hermeto Paschoal, Sivuca, Wagner Tiso, Toninho Horta, Jacques Morelenbaum, Jaime Alem, Márcio Montarroyos, Mônica Millet, Almir Sater, Flávia Virgínia, Nair de Cândia, Armando Marçal, Djalma Correia, Álvaro Millet, Gordinho (Antenor Marques Filho), Zeca Assunção, Wilson das Neves, José Roberto Bertrami, Jamil Joanes, Jurim Moreira, orquestra de cordas e bateria da escola de samba GRES Estação Primeira de Mangueira, com regência de Mestre Taranta (participou duas vezes do disco - na faixa de abertura, uma vinheta colada a um texto de Mário de Andrade e a música O canto do pajé - e também na faixa que encerrava o projeto, Palavra, que no final fez uma citação musical à famosa canção de Chico Buarque Apesar de você); o disco emplacou duas músicas nas paradas de sucesso, as regionalistas Tocando em frente e Flor de ir embora, que integraram as trilhas das novelas rurais Pantanal e A história de Ana Raio e Zé Trovão, respectivamente, ambas exibidas pela extinta Rede Manchete. O feito de gravação de discos acústicos se repetiu no álbum subsequente, Olho d´Água, lançado em 1992, que não obteve maior repercussão devido à falta de divulgação eficiente por parte da gravadora; no repertório deste, destaque somente para a canção regionalista Além da última estrela, que integrou a trilha sonora da novela global Renascer, de Benedito Ruy Barbosa, exibida no ano seguinte. O álbum também nos mostrou uma incursão pela religiosidade (Ilumina, Medalha de São Jorge, Louvação a Oxum, Rainha negra uma homenagem a cantora Clementina de Jesus e Búzio), abrindo e fechando com uma vinheta da música Sodade meu bem sodade, de Zé do Norte.

O sucesso de vendagem voltou em 1993 quando do lançamento do CD As canções que você fez pra mim, que gerou mais de um milhão de cópias e foi convertido para uma versão hispânica (no caso, Las canciones que hiciste para mi) com parte do repertório (sete das onze músicas foram convertidas - a faixa-título, Fiera herida (Fera ferida, um dos hits do disco, tema de abertura da novela homônima global), Palabras (Palavras), Tú no sabes (Você não sabe), Necesito de tu amor (Eu preciso de você), Tú (Você, esta incluída na trilha sonora da novela global Pátria Minha de Gilberto Braga cujo título remete ao famoso poema homônimo de Vinícius de Morais - justamente a sucessora de Fera Ferida) e Emociones (Emoções, um dos grandes sucessos de Roberto) - das que ficaram de fora Olha, Costumes, Detalhes e Seu corpo), que consistiu em um tributo à dupla de cantores e compositores Roberto e Erasmo Carlos, evocando onze parcerias entre ambos. Este disco, além de originar um LP promocional para a Coca-Cola com uma entrevista entre parte do repertório (Emoções, Costumes, Olha e Seu corpo), gerou também um VHS (relançado em DVD em 2009) e um espetáculo calcado na divulgação do disco anterior, dirigido por Gabriel Vilela na casa Canecão (Rio de Janeiro), do qual saiu o trabalho que marca a despedida definitiva da Universal Music: Maria Bethânia ao vivo, de 1995, o último a ter versão em vinil, porém já estava sofrendo com o problema de pressão de espaço físico, com quatro músicas a menos. São elas: Fé cega faca amolada, Detalhes, Você não sabe (as duas últimas, já inclusas no álbum-tributo a Roberto) e Reconvexo (gravada pela cantora no álbum Memória da Pele), inclusas somente no CD. Este disco trouxe regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas e do álbum de estúdio anterior dedicado a Roberto Carlos.

Curiosidades

Maria Bethânia é segunda artista feminina em vendagem de discos na história do Brasil, atrás apenas de Xuxa, que tem seus discos voltados ao público infanto-juvenil.

Revolucionou a forma de se fazer espetáculos no Brasil, intercalando músicas com poemas - Fernando Pessoa, poeta português, Vinícius de Moraes a quem chegou a dedicar um disco inteiro em 2005, Que falta você me faz (a gravação deste álbum foi concluída em janeiro de 2004 mas somente lançado no ano seguinte, em comemoração aos 40 anos de carreira e amizade com Vinícius, contando com a participação especial deste na declamação do poema Poética I e na música Nature boy (Encantado)), Clarice Lispector - criando um estilo próprio e que muito lembra peças teatrais. Vários dos espetáculos estão entre os mais importantes da história da música popular brasileira, onde se destacam diversos, como Recital na Boite Barroco (1968), o primeiro disco gravado ao vivo, Maria Bethânia ao vivo (1970), ambos lançados pela gravadora EMI, Rosa dos Ventos - o show encantado (1971) produzido e dirigido por Fauzi Arap, Drama terceiro ato - luz da noite gravado ao vivo no Teatro da Praia na capital fluminense (1973), A cena muda (1974), gravado ao vivo no Teatro Casa Grande, onde não declamou poemas - como o próprio título sugere, tendo sido um dos espetáculos mais ousados da trajetória da artista, Chico Buarque e Maria Bethânia ao vivo (1975), Maria Bethânia e Caetano Veloso ao vivo (1978), e Nossos momentos (1982), gravado entre 29 de setembro e 3 de outubro daquele ano, contendo a antológica interpretação de Vida e O que é o que é, esta última lançada pelo autor Gonzaguinha no mesmo ano, que seria o bis preferido dos espetáculos dali por diante. Isso explica a presença de vários discos ao vivo na carreira da artista - mais especificamente catorze, onde se inclui um gravado na Argentina (Mar del Plata), com Vinícius de Moraes e Toquinho; já como intérprete, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Jobim, Noel Rosa, Gonzaguinha, Roberto Carlos, Vinícius de Moraes, Roberto Mendes, Jorge Portugal e Milton Nascimento, são os compositores com maior número de interpretações na voz. Maria Bethânia é carinhosamente chamada por Roberto Carlos de minha rainha.

Os muitos fãs sempre cultivaram uma rivalidade com os da cantora Elis Regina, no eterno debate que até hoje não teve fim sobre qual seria a maior cantora da história do Brasil. Elis, por sua vez, declarou Gal Costa a maior cantora do país. Bethânia, mais reservada, nunca se pronunciou sobre esse debate, inclusive se declara até hoje fã de Elis, isso desde a entrevista no jornal O Pasquim (5 de setembro de 1969), deu nota dez para a rival. Em 1999, quando regravou uma canção que fez antigo sucesso na voz de Elis, Romaria (Renato Teixeira), no disco A força que nunca seca, lançado pela gravadora BMG, Bethânia reafirmou ser admiradora. Inclusive este disco, cuja faixa-título foi dedicada à memória de Mãe Cleusa do Gantois, além de trazer músicas inéditas e releituras de clássicos (O trenzinho caipira com citação de trechos do poema O trem de Alagoas de Ferreira Gullar, Luar do sertão/Azulão, Espere por mim morena, Gema - esta já gravada pela cantora anteriormente no álbum Talismã, As flores do jardim da nossa casa), trouxe a polêmica interpretação de É o amor, originalmente gravada pela dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano, que foi bastante criticada. Esta foi incluída na trilha sonora da novela global Suave Veneno, de Aguinaldo Silva, exibida àquele mesmo ano. Em seguida, houve um espetáculo que divulgou o disco anterior, do qual saiu o CD duplo Diamante verdadeiro, gravado em agosto, que trouxe canções do referido CD de estúdio (exceto Espere por mim morena), regravações dos antigos sucessos entre outros clássicos, além de textos de Fernando Pessoa (Autopsicografia), Manuel Alegre (Senhora das tempestades) e Castro Alves (O navio negreiro).

Muitos são os trabalhos da cantora Maria Bethânia que são referências obrigatórias para a história da música popular brasileira, entre outros estão: Maria Bethânia (1969), Drama - anjo exterminado, com produção do irmão Caetano Veloso (1972), Pássaro Proibido (1976) que trouxe o primeiro grande sucesso na faixa de rádios AM - a antológica canção Olhos nos olhos com destaque também para Amor amor, Pássaro da manhã (1977) onde pela primeira vez declamou poemas em estúdio originado do espetáculo homônimo dirigido por Fauzi Arap e cenário de Flávio Império recebendo o segundo disco de ouro da carreira (o primeiro foi no álbum lançado no ano anterior) com as músicas, dentre outras, Um jeito estúpido de te amar (lançada por Roberto Carlos no ano anterior colado a um texto de Fauzi Arap, com fundo musical de Jogo de damas) e Teresinha, Alteza (1981) que contou com as participações especiais de Caetano Veloso, Gilberto Gil e a irmã Nicinha (no samba Purificar o Subaé), Âmbar (1996), lançado pela gravadora EMI que comemorou os 50 anos de idade trazendo canções inéditas, de novos compositores da MPB entre outras releituras de clássicos (Chão de estrelas, Quando eu penso na Bahia que contou com a participação especial de Chico Buarque e Ave Maria) gerando um espetáculo dirigido por Fauzi Arap do qual saiu o elogiadíssimo CD duplo Imitação da vida gravado na casa de espetáculos Palace (São Paulo, dezembro de 1996) e que incluiu onze textos de Fernando Pessoa e seus heterônimos, Brasileirinho (2003), o primeiro lançado pelo próprio selo Quitanda, unanimidade de crítica e público, com repertório essencialmente brasileiro, evocando diversas culturas deste país e trazendo textos de Guimarães Rosa - Felicidade se acha é em horinhas de descuido, Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura e Quem castiga nem é Deus, é os avessos (extraído do livro Rosiana, coletânea de conceitos, máximas e brocadas do autor, organizada em 1983 por Paulo Ronai), Mário de Andrade (O descobrimento e O poeta come amendoim) e Vinícius de Morais (Pátria minha), contando com as participações especiais do escritor/poeta Ferreira Gullar (recitando o poema O descobrimento), o Grupo Uakti grupo experimental mineiro (na faixa Salve as folhas), Grupo Tira Poeira formado por cariocas, gaúchos e catarinenses (na faixa Padroeiro do Brasil), Denise Stoklos (declamando o poema O poeta come amendoim), as cantoras Miúcha e Nana Caymmi (nas respectivas faixas Cabocla Jurema/Ponto de Janaína e Texto de Guimarães Rosa/Suçuarana), Ricardo Amado e Márcio Malard (violino e violoncelo, respectivamente, na faixa Senhor da floresta), e também originou um DVD, e Pirata (2006), que traz textos de Guimarães Rosa (Perto de muita água, tudo é feliz, Pensar na pessoa que se ama, Amor é sede depois de se ter bem bebido, Só na foz do rio é que se ouvem os murmúrios de todas as fontes, O mundo do rio não é o mundo da ponte e O sertão é uma espera enorme), Fernando Pessoa (Todo cais é uma saudade de pedra), Antônio Vieira (Poesia), João Cabral de Melo Neto (O rio), Jorge Portugal (Orixá), entre outras canções inéditas, regravações de músicas pouco conhecidas e consagradas da MPB, além de releituras de músicas que ela já havia gravado anteriormente (O tempo e o rio e Os argonautas)

Dias atuais

Em 2001, desliga-se das grandes gravadoras, transferindo-se para a independente Biscoito Fino, de propriedade de Olivia Hime e Kati Almeida Braga. O disco que marca a estreia na nova gravadora é o duplo Maricotinha ao vivo - comemorativo dos trinta e cinco anos de carreira, que trouxe regravações dos antigos sucessos seus entre outras canções consagradas, textos e do álbum de estúdio homônimo do ano anterior, cuja maior parte das canções era inédita e foi o último álbum lançado pela gravadora BMG, e também gerou seu primeiro DVD. Em 2003, ainda na Biscoito Fino, lança o selo Quitanda (23 de setembro), para gravar discos com menor apelo comercial e lançar artistas que admira, como Mart'Nália e Dona Edith do Prato. Paralelamente, houve o lançamento do álbum Cânticos, preces, súplicas à Senhora dos Jardins do Céu, gravado originalmente em 2000, que inicialmente não foi comercializado e distribuído numa tiragem limitada de duas mil cópias, apenas para angariar fundos para a restauração da matriz da cidade natal, em homenagem a Nossa Senhora; neste trabalho, a cantora reafirmou a religiosidade, presente em quase toda a obra. O disco contou com a participação especial da mãe, Canô Veloso, Gilberto Gil (violão e voz) e Nair de Cândia, nas respectivas faixas Ladainha de Nossa Senhora, Mãe de Deus das Candeias e uma versão em latim da Ave Maria.

Bethânia também atua em direções, já tendo dirigido vários artistas entre eles o irmão Caetano Veloso e Alcione. Ao mesmo tempo, produziu a homenagem Namorando a Rosa, a violonista Rosinha de Valença, que tocou alguns anos em sua banda, falecida em 2004 e teve grande participação na carreira da artista, dirigindo o espetáculo Comigo me desavim (1967), e nove anos depois gravou o álbum Cheiro de mato, do qual recebeu grande influência e também nos álbuns Maria Bethânia e Caetano Veloso ao vivo, Alteza (na faixa Caminho das Índias), Olho d´água, em um de seus últimos e trabalhos e principalmente no antológico Álibi, onde tocou violão em todas as faixas; o álbum contou com a participação especial de diversos nomes consagrados da MPB, como o irmão Caetano Veloso, Alcione, Chico Buarque, Bebel Gilberto, Ivone Lara, Délcio Carvalho, Yamandú Costa, Martinho da Vila, Turíbio Santos, Miúcha, Joanna, Hermeto Paschoal e a própria Bethânia. Em 2005, foi lançado o filme documentário sobre sua vida e carreira, Música é perfume.

Em 2006 foi a grande vencedora do Prêmio Tim (antigo Prêmio Sharp) de música onde arrebatou três títulos: melhor cantora, melhor disco (Que falta você me faz, um tributo a Vinícius de Morais) e melhor DVD (Tempo tempo tempo tempo, comemorativo dos quarenta anos de carreira). Bethânia, que sempre teve fama de anti-social, surpreendeu e compareceu à cerimônia de premiação. No mesmo ano, os CDs antigos - LPs originais que haviam sido relançados anteriormente em CD - voltaram às prateleiras, com encarte completo (na edição anterior ele havia sido suprimido/reduzido), letras de todas as músicas e textos - mesmo que a versão original não as tivesse - e texto interno com a história do álbum redigido pelo jornalista e crítico musical Rodrigo Faour, pois há muito tempo estavam fora de catálogo.

Ainda em 2006, lançou dois álbuns simultaneamente: Pirata, onde canta os rios do interior do Brasil e foi considerado pela crítica uma espécie de retomada de Brasileirinho, lançado três anos antes, e Mar de Sophia, onde canta o mar a partir de versos da poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner. A turnê de promoção dos dois discos foi batizada de Dentro do mar tem rio, com direção de Bia Lessa e roteiro do fiel colaborador Fauzi Arap, originando o álbum duplo homônimo, lançado em 2007.

Lançou em 2007 pela Biscoito Fino o DVD duplo que contempla dois documentários sobre a artista: Pedrinha de Aruanda e Bethânia Bem de Perto. Este primeiro é um registro singular da intimidade de uma das maiores intérpretes brasileiras de todos os tempos, tendo como ponto de partida a comemoração do aniversário de sessenta anos da cantora, celebrados durante uma apresentação em Salvador e uma missa em Santo Amaro, sua cidade natal, em 2006.

Ainda em 2007, novamente é a maior vencedora do Prêmio Tim, mas desta vez empatou com Marisa Monte. Bethânia, mais uma vez, compareceu à cerimônia, e levou para casa os troféus de melhor cantora, melhor disco (Mar de Sophia), melhor projeto gráfico (Pirata) e melhor canção (Beira-mar, do CD Mar de Sophia).

Em 2008, junta-se com a cantora cubana Omara Portuondo e segue em turnê pelo Brasil e países vizinhos, como Argentina e Chile; nos dias 4 e 5 de abril foi gravado o DVD ao vivo em Belo Horizonte no Palácio das Artes, sob a direção de Mário de Aratanha e a produção musical de Moogie Canázio, originando também um CD.

Em 2009, lançou o DVD Dentro do Mar tem Rio, registro do show ao vivo gravado nos dias 7 e 8 de dezembro de 2007, em Sao Paulo, com direção de Andrucha Waddington.

No mesmo ano, lança os dois trabalhos mais recentes da carreira - Encanteria, onde canta as mais variadas formas de fé (pelo selo Quitanda) e Tua, com canções românticas (pela Biscoito Fino); ambos são compostos por músicas inéditas e foram recebidos com muito entusiasmo pela crítica e público. O repertório do espetáculo calcado na divulgação dos dois trabalhos é composto por estas músicas intercaladas a antigos sucessos da artista. Seu título é batizado com três nomes que, segundo ela, foram herdados de sua tradição familiar: Amor, Festa e Devoção.

Em junho de 2010, após décadas sem se apresentar em um programa de tv, Maria Bethânia quebrou o auto exílio televisivo que se impôs para prestar uma homenagem ao cantor e compositor Erasmo Carlos durante a edição especial do Programa Altas Horas pela passagem dos 50 anos de carreira do artista. Na ocasião, a diva interpretou As Canções Que Você Fez Pra Mim e Sentado à Beira do Caminho, protagonizando um dos maiores momentos da história da televisão brasileira nesta década.

Discografia

Estúdio


    * 1965 - Maria Bethânia - Sony BMG/RCA
    * 1966 - Maria Bethânia Canta Noel Rosa - Sony BMG/RCA
    * 1967 - Edu e Bethânia - Universal Music/Elenco
    * 1969 - Maria Bethânia - EMI
    * 1971 - A Tua Presença... - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1971 - Vinicius + Bethânia + Toquinho - en La Fusa (Mar de Plata) - RGE
    * 1972 - Drama - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1976 - Pássaro proibido - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1977 - Pássaro da manhã - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1978 - Álibi - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1979 - Mel - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1980 - Talismã - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1981 - Alteza - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1983 - Ciclo - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1984 - A beira e o mar - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1987 - Dezembros - Sony BMG/RCA
    * 1988 - Maria - Sony BMG/RCA
    * 1989 - Memória da pele - Universal Music/Polygram
    * 1990 - 25 anos - Universal Music/Polygram
    * 1992 - Olho d'água - Universal Music/Polygram
    * 1993 - As canções que você fez pra mim - Universal Music/Polygram
    * 1993 - Las canciones que hiciste para mí - Philips-PolyGram
    * 1996 - Âmbar - EMI
    * 1999 - A força que nunca seca - Sony BMG
    * 2001 - Maricotinha - Sony BMG
    * 2003 - Cânticos, preces, súplicas à Senhora dos jardins do céu na voz de Maria Bethânia - Sony BMG/Biscoito Fino
    * 2003 - Brasileirinho - Quitanda
    * 2005 - Que falta você me faz - Músicas de Vinicius de Moraes - Biscoito Fino
    * 2006 - Pirata - Quitanda
    * 2006 - Mar de Sophia - Biscoito Fino
    * 2007 - Omara Portuondo e Maria Bethânia - Biscoito Fino
    * 2009 - Encanteria - Quitanda
    * 2009 - Tua - Biscoito Fino

Ao Vivo

    * 1968 - Recital na Boite Barroco - EMI
    * 1970 - Maria Bethânia Ao vivo - EMI
    * 1971 - Rosa dos ventos Ao vivo - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1973 - Drama 3º ato - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1974 - Cena muda - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1975 - Chico Buarque & Maria Bethânia ao vivo - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1976 - Doces bárbaros - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1978 - Maria Bethânia e Caetano Veloso - ao vivo - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1982 - Nossos Momentos - Universal Music/Philips/Polygram
    * 1995 - Maria Bethânia: Ao vivo - Universal Music/Polygram
    * 1997 - Imitação da Vida - EMI
    * 1998 - Diamante Verdadeiro - Sony BMG
    * 2002 - Maricotinha: Ao Vivo - Biscoito Fino
    * 2007 - Dentro Do Mar Tem Um Rio - Biscoito Fino

Compactos

    * 1965 - Maria Bethânia - Sony BMG/RCA
    * 1965 - Maria Bethânia - Sony BMG/RCA

Espetáculos

    * Nós, por exemplo (1964)
    * Nova bossa velha, velha bossa nova (1964)
    * Mora na Filosofia (1964)
    * Opinião (1965)
    * Arena canta Bahia (1966)
    * Tempo de Guerra (1966)
    * Pois é (1966)
    * Recital na Boite Cangaceiro (1966)
    * Recital na Boite Barroco (1968)
    * Yes, nós temos Maria Bethânia (1968)
    * Comigo me desavim (1968)
    * Recital na Boite Blow Up (1969)
    * Brasileiro, Profissão Esperança (1970)
    * Rosa dos Ventos (1971)
    * Drama - Luz da noite (1973)
    * A cena muda (1974)
    * Chico & Bethânia (1975)
    * Os Doces Bárbaros (1976)
    * Pássaro da manhã (1977)
    * Maria Bethânia e Caetano Veloso (1978)
    * Maria Bethânia (1979)
    * Mel (1980)
    * Estranha forma de vida (1981)
    * Nossos momentos (1982)
    * A hora da estrela (1984)
    * 20 anos (1985)
    * Maria (1988)
    * Dadaya - As sete moradas (1989)
    * 25 anos (1990)
    * As canções que você fez pra mim (1994)
    * Âmbar - Imitação da vida (1996)
    * A força que nunca seca (1999)
    * Maricotinha (2001)
    * Brasileirinho (2004)
    * Tempo, tempo, tempo, tempo (2005)
    * Dentro do mar tem rio (2006)
    * Omara Portuondo e Maria Bethânia (2008)
    * Amor, Festa e Devoção (2009)

Participações

    * Trilha sonora do filme Quando o Carnaval Chegar, nas faixas Baioque e Bom Conselho de Chico Buarque, com participação de Nara Leão nas faixas Minha Embaixada Chegou, de Assis Valente e Formosa, de Nássara e J. Rui – Phonogram, 1972
    * Nova Bossa Nova Festival Folklore e Bossa Nova do Brasil 72, nas faixas: Bodocó de Gordurinha e Não Tem Solução de Dorival Caymmi com Terra Trio – MPS Records, Alemanha, 1972
    * Phono 73, na faixa: Oração a Mãe Menininha de Dorival Caymmi com a participação de Gal Costa; Preciso Aprender a Só Ser, de Gilberto Gil com o próprio e Trampolim de Caetano e Bethânia, com Caetano Veloso – Polygram, volume 3, 1973
    * Trilha sonora de Gabriela, na faixa Coração Ateu de Sueli Costa – Som Livre, 1975
    * Erasmo Carlos Convida, na faixa Cavalgada de Erasmo Carlos e Roberto Carlos – Polygram, 1980
    * Sorriso Negro, de Dona Yvonne Lara, na faixa: A Sereia Guiomar de Yvonne Lara e Delcio Carvalho – WEA, 1981
    * Roberto Carlos, na faixa: Amiga de Roberto Carlos e Erasmo Carlos – CBS, 1982
    * Plunct, Plact, Zuuum, na faixa: Brincar de Viver de Guilherme Arantes e Jon Lucien – Som Livre, vários, 1983
    * Luz e Esplendor, de Elizeth Cardoso, na faixa Elizetheana também com a participação de Alcione, Cauby Peixoto, Dona Ivone Lara, Joyce, Nana Caymmi e Paulinho da Viola – ARCA SOM, 1984
    * Da cor do Brasil, de Alcione, na faixa Roda Ciranda de Martinho da Vila – RCA, 1984
    * Nordeste Já, nas faixas: Chega de Mágoa, de criação coletiva e Seca d’Água, criação coletiva sobre poema de Patativa do Assaré – Continental, compacto, vários, 1985
    * Sinceramente Teu, de Joan Manuel Serrat, na faixa: Sinceramente Teu com versão de Santiago Kovadoff – Ariola, 1986
    * Negro Demais no Coração, de Joyce, na faixa Tarde em Itapoã, de Vinícius de Moraes e Toquinho – CBS, 1988
    * Uns, de Caetano Veloso, na faixa: Salva Vida de Caetano Veloso – Polygram, 1989
    * Nelson Gonçalves e Convidados, na faixa: Caminhemos de Herivelto Martins – RCA, 1989
    * A trilha Sonora África Brasil, na faixa: Mamãe Oxum de André Luiz Oliveira e Costa Netto – EMI, 1989
    * Brasil, de João Gilberto, Caetano Veloso e Gilberto Gil, na faixa No Tabuleiro da Baiana de Ary Barroso – WEA, 1991
    * Songbook Noel Rosa, na faixa: Pela Décima Vez de Noel Rosa – Lumiar Discos, 1991
    * No Tom da Mangueira, na faixa: Primavera e Cântico à Natureza de Nelson Sargento, Alfredo Português e Jamelão com a participação do grupo vocal Garganta Profunda – Saci, vários, 1993
    * Sambas de Enredo Grupo Especial, do Carnaval de 1994, na faixa Atrás da Verde-e-Rosa só não vai quem já morreu de David Corrêa, Paulinho Carvalho, Carlos Sena e Bira do Ponto com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa – RCA, 1993
    * Dorival, na faixa Morena do Mar de Dorival Caymmi – Columbia, vários, 1994
    * João Batista do Vale, de João do Vale, na faixa Estrela Miúda de João do Vale e Luiz Vieira – RCA, 1994
    * Gente de Festa, de Margareth Menezes, na faixa Libertar de Roberto Mendes e J. Velloso – Continental, 1995
    * Brasil em Cy, do Quarteto em Cy na faixa A Noite do Meu Bem de Dolores Duran – CID, 1996
    * Belô Velloso, na faixa: Brincando de Mabel Velloso e Alexandre Leão – Velas, 1996
    * Recife Frevo é, na faixa Frevo nº 01 de Recife de Antonio Maria – Virgin, vários, 1996
    * Alfagamabetizado, de Carlinhos Brown na faixa Quixabeira de domínio popular, com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa – EMI, 1996
    * Agora, de Orlando Moraes na faixa A Montanha e a Chuva de Orlando Moraes – Som Livre, 1997
    * Songbook Djavan, na faixa Morena de Endoidecer de Djavan e Cacaso – Lumiar discos, 1997
    * Álbum Musical, de Francis Hime, na faixa Pássara de Francis Hime e Chico Buarque – WEA, 1997
    * Amigos, de Angela Maria, na faixa Orgulho de Nelson Wederkind e Waldir Rocha – Columbia, 1997
    * Livro, de Caetano Veloso, na faixa Navio Negreiro de um poema de Castro Alves – Polygram, 1997
    * Pequeno Oratório do Poeta para o Anjo, poemas de Neide Archanjo
    * Agô – Pixinguinha 100 anos, na faixa Fala Baixinho de Pixinguinha e Hermínio Bello de Carvalho – Som Livre, vários, 1997
    * Diplomacia, de Batatinha na faixa Bolero de Batatinha e Roque Ferreira – Emi, 1998
    * Songbook Marcos Valle, na faixa: Preciso Aprender a Ser Só de Paulo Sérgio Valle e Marcos Valle – Lumiar Discos, 1998
    * Brasil são outros 500, na faixa Tocando em Frente de Almir Sater e Renato Teixeira, em nova versão, com participação da atriz Vera Holtz – Som Livre, 1998
    * Alcione Celebração, na faixa Linda Flor de Luiz Peixoto, Marques Porto, Henrique Vogeler e Cândido Costa – Polygram, 1998
    * Songbook Chico Buarque, nas faixas Até Pensei de Chico Buarque e Sobre Todas as Coisas de Chico buarque e Edu Lobo – Lumiar Discos, 1999
    * Sinfonia de Pardais, uma homenagem a Herivelto Martins, na faixa Segredo de Herivelto Martins e Marino Pinto – Som Livre, vários 1999
    * Doces Bárbaros Bahia, na faixa Hino do Esporte Clube Bahia de Adroaldo Ribeiro Costa com Gal Costa, Gilberto Gil e Caetano Veloso Herivelto Martins Sony, 2000
    * Chico Buarque e as cidades, em Olhos nos Olhos de Chico Buarque – DVD, com direção de José Henrique Fonseca – BMG, 2000
    * Ana Carolina, na faixa: Dadivosa de Ana Carolina, Neusa Pinheiro e Adriana Calcanhoto – e no sample do texto de Antônio Bivar Era uma Vez – BMG, 2001
    * Trilha sonora do filme Nelson Gonçalves, na faixa Caminhemos de Herivelto Martins, com Nelson Gonçalves – BMG Brasil, 2001
    * Eu vim da Bahia, nas faixas É um Tempo de Guerra de Augusto Boal, Gianfrancesco Guarnieri e Edu Lobo, Gloria in excelsis (Missa agrária), de Gianfrancesco Guarnieri e Carlos Lyra e De Manhã de Caetano Veloso – BMG Brasil, 2002
    * Olivia Byington, CD homônimo de Olivia Byington; Maria Bethânia participa no tema Mãe Quelé, canção com letra de Tiago Torres da Silva e música de Olivia Byington (2006)
    * Multishow Registro - Pode Entrar, de Ivete Sangalo na faixa Muito Obrigado, Axé, letra de Carlinhos Brown. Universal Music, 2009.
    * Tecnomacumba - Ao Vivo. Rita Ribeiro (Biscoito Fino, 2009)

Livros

    * JARDIM, Reinaldo - Maria Bethânia Guerreira Guerrilha. Cooperativa editorial JB - Poder jovem
    * ÁLVAREZ LIMA, Maria - Maria Bethânia. Edições Intersong
    * ÁLVAREZ LIMA, Maria - Marginália, Arte e cultura na idade da pedrada. Salamandra - Consultoria editorial brasileira
    * AA.VV - Maria Bethânia - Dona do Dom, Crônicas, depoimentos e poemas. Ediçao Fã-Clube Rosa dos Ventos Bahia - 2006

Filmes e documentários

    * 1965
          o O desafio, de Paulo Cezar Saraceni (35 mm, pb, 100 min) ("É de manhã" de Caetano Veloso; "Eu vivo num tempo de guerra" de Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri; "Carcará" de João do Vale e José Cândido, com Zé Keti e João do Vale; "Notícia de jornal" de Zé Keti, apenas com Zé Keti) [filmagens no Teatro Opinião, Rio de Janeiro, em 1965]
    * 1966
          o Bethânia bem de perto - A propósito de um show, de Julio Bressane e Eduardo Escorel (16 mm ampliado para 35 mm, pb, 33 min) (Biscoito Fino-Quitanda-Conspiração Filmes, 2007, DVD) [show Recital na Boite Cangaceiro, Rio de Janeiro, em abr-maio 1966]
    * 1967
          o Improvisiert und Zielbewusst / Cinema Novo, de Joaquim Pedro de Andrade (16 mm, pb, 31 min) ("Só me fez bem" de Edu Lobo e Vinicius de Moraes)
          o Garota de Ipanema, de Leon Hirszman (35 mm, cor)
    * 1968
          o A Última Ceia segundo Ziraldo, de Rodolfo Neder (35 mm, cor, 10 min)
          o O homem que comprou o mundo, de Eduardo Coutinho (35 mm, pb, 100 min)
    * 1969
          o Saravah, de Pierre Barouh (Biscoito Fino, 2005, DVD) (Bethânia e Paulinho da Viola interpretam numa mesa de bar em Itaipu, litoral fluminense, "Coração vulgar" de Paulinho da Viola, "Rosa Maria" de Hanníbal da Silva e Éden Silva, "Tudo é ilusão" de Hanníbal da Silva, Éden Silva e Tulio Lavar, "Pecadora" de Jair do Cavaquinho e Joãozinho da Pecadora, "Pranto de poeta" de Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho, e acompanhada ao piano de Luiz Carlos Vinhas e do trombone de Raul de Souza em ensaios na boate Sucata canta "Baby" e "Tropicália" de Caetano Veloso, "Frevo nº 1 do Recife" de Antonio Maria e "Pra dizer adeus" de Edu Lobo, Lani Hall e Torquato Neto)
    * 1972
          o Quando o carnaval chegar, de Carlos Diegues (35 mm, cor, 103 min)
    * 1978
          o Os Doces Bárbaros, de Jom Tob Azulay (16 mm ampliado para 35 mm, cor, relançado em 2004) (Biscoito Fino, 2008, DVD) [apresentações em 1976 em Campinas, Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo]
    * 1980
          o Certas palavras com Chico Buarque, de Mauricio Berú (35 mm, cor, 110 min) ("Olhos nos olhos" de Chico Buarque)
    * 1981
          o Brasil, de Rogério Sganzerla (35 mm, cor, 13 min) [filmagem ao vivo da gravação do disco 'Brasil' com João Gilberto, Caetano Veloso e Gilberto Gil; filmado durante quatro meses de 1981]
    * 1994
          o As canções que você fez pra mim, de Julio Bressane (super 16 mm finalizado em betacam, cor-pb, 4 min 10 s)
    * 1995
          o Maria Bethânia especial - As canções que você fez pra mim, de Walter Salles Jr. e Andrew Waddington (VideoFilmes-Polygram, Betacam, cor, 58 min) (VHS)(Universal Music, 2009, DVD)
    * 1998
          o Enredando sombras (segmento Cinema Novo, de Orlando Senna)
    * 1999
          o Chico e as cidades, de José Henrique Fonseca (DVD) ("Olhos nos olhos")
          o Além-mar, de Belisário Franca e Luis Antônio Silveira (Betacam, cor, 60 min)
    * 2001
          o Maria Bethânia do Brasil, de Hugo Santiago / Compagnie des Phares et Balises-ARTE France (cor, 90 min)
    * 2003
          o Ana Carolina - Estampado, de Mari Stockler (Sony & BMG Music, DVD) ("Pra rua me levar" de Totonho Villeroy e Ana Carolina)
          o Biblioteca Mindlin - Um mundo em páginas, de Cristina Fonseca (vídeo, cor, 77 min) (depoimento)
          o O ovo, de Nicole Algranti (35 mm, cor, 11 min) (narração)
          o Concertos MPBR (69 min, DVD) (Canecão, Rio de Janeiro, em 6 ago 2002: "As canções que você fez pra mim" de Roberto Carlos e Erasmo Carlos com Erasmo Carlos; "Eu já nem sei" com Wanderlea; "Baila comigo" de Rita Lee e Roberto de Carvalho com Shangrilá e Zélia Duncan)
          o Alcione - Ao vivo 2 (Universal Music, DVD)(Nos extras, participação em "Ternura antiga")
          o Maria Bethânia - Maricotinha ao vivo, de André Horta (Biscoito Fino-Sarapuí Produções Artísticas, DVD)
    * 2004
          o Maria Bethânia - Brasileirinho ao vivo, de André Horta (Quitanda-Biscoito Fino-Multishow, DVD)
          o Outros Bárbaros, de Andrucha Waddington (Biscoito Fino) (DVD) [os ensaios e o show na praia de Copacabana, na noite de 8 de dezembro de 2002]
    * 2005
          o Tempo tempo tempo tempo - Maria Bethânia, de Bia Lessa (Biscoito Fino, DVD) [músicas do CD Que falta você me faz - Músicas de Vinicius de Moraes]
          o Maria Bethânia - música é perfume, de Georges Gachot (35 mm, cor, 82 min) (Quitanda-Biscoito Fino, 2006, DVD) [shows Brasileirinho e gravações do CD Que falta você me faz - Músicas de Vinicius de Moraes]
          o Vinicius - Quem pagará o enterro e as flores se eu me morrer de amores, de Miguel Faria Jr. (35 mm) (depoimento) ("Soneto do amor total", "Pátria minha" e "O que tinha de ser")
          o O sonho acabou [Phono 73 - O canto de um povo], de Carlos Augusto de Oliveira [Palácio das Convenções do Anhembi, São Paulo em 12 e 13 maio 1973, "A volta da Asa Branca", "Rosa dos ventos" e com Gal Costa "Oração de Mãe Menininha"] (DVD)
          o Viva volta, de Heloisa Passos (35 mm, cor, 15 min) [sobre Raul de Souza]
    * 2006
          o Por acaso Gullar, de Rodrigo Bittencourt e Maria Rezende (Betacam, 12 min, cor)
          o Chico César - Cantos e encontros de uns tempos pra cá, de Douglas Costa Kuruhma (Biscoito Fino, DVD) [Nos extras, cenas de Chico César no estúdio da Biscoito Fino com Maria Bethânia cantando "A força que nunca seca" e "Onde estará o meu amor", do compositor gravadas pela cantora]
    * 2007
          o Beth Carvalho canta o samba da Bahia, de Lula Buarque de Hollanda (EMI Music, DVD) ("Suíte dos pescadores" de Dorival Caymmi, com Beth) [Show no Teatro Castro Alves, em Salvador, 23 ago 2006, em comemoração aos 60 anos de Beth Carvalho]
          o Maria Bethânia - Pedrinha de Aruanda, de Andrucha Waddington (RJ, 60 min) (Biscoito Fino-Quitanda-Conspiração Filmes, 2007, DVD)
    * 2008
          o Omara Portuondo e Maria Bethânia (Biscoito Fino, 2008, DVD) [das gravações do CD]
          o Omara Portuondo, Maria Bethânia - Ao vivo, de Mario de Aratanha (Biscoito Fino, 2008, DVD) [gravado em 4 e 5 abr 2008 no Palácio das Artes, Belo Horizonte]
    * 2009
          o Maria Bethânia - Dentro do mar tem rio, de Andrucha Waddington (Biscoito Fino-Conspiração Filmes, 2009, DVD) [registro do show gravado em São Paulo, Citibank Hall, 7 e 8 dez 2007]
          o Tecnomacumba - ao Vivo. Rita Ribneiro (Biscoito Fino, 2009)


Luiz Gonzaga

 
Luiz Gonzaga do Nascimento (Exu, 13 de dezembro de 1912 — Recife, 2 de agosto de 1989) foi um compositor popular brasileiro, conhecido como o "rei do baião". É considerado mestre do cantor Dominguinhos.

Biografia

Nasceu na fazenda Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona rural de Exu, sertão de Pernambuco. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra", uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário, trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão (também consertava o instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo. Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.

Antes dos dezoito anos, ele se apaixonou por Nazarena, uma moça da região e, repelido pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, ameaçou-o de morte. Januário e Santana lhe deram uma surra por isso. Revoltado, Luiz Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exército em Crato, Ceará. A partir dali, durante nove anos ele viajou por vários estados brasileiros, como soldado. Em Juiz de Fora-MG, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista. Dele, recebeu importantes lições de música.

Em 1939, deu baixa do Exército no Rio de Janeiro, decidido a se dedicar à música. Na então capital do Brasil, começou por tocar na zona do meretrício. No início da carreira, apenas solava acordeão (instrumentista), tendo choros, sambas, fox e outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. Apresentava-se com o típico figurino do músico profissional: paletó e gravata. Até que, em 1941, no programa de Ary Barroso, ele foi aplaudido executando Vira e Mexe , um tema de sabor regional, de sua autoria. O sucesso lhe valeu um contrato com a gravadora Victor, pela qual lançou mais de 50 músicas instrumentais. Vira e mexe foi a primeira música que gravou em disco.

Veio depois a sua primeira contratação, pela Rádio Nacional. Foi lá que tomou contato com o acordeonista gaúcho Pedro Raimundo, que usava os trajes típicos da sua região. Foi do contato com este artista que surgiu a idéia de Luiz Gonzaga apresentar-se vestido de vaqueiro - figurino que o consagrou como artista.

Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor: a mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira.

Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia Guedes deu à luz um menino, no Rio. Luiz Gonzaga tinha um caso com a moça - iniciado provavelmente quando ela já estava grávida - e assumiu a paternidade do rebento, adotando-o e dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Gonzaguinha foi criado pelos seus padrinhos, com a assistência financeira do artista.

Em 1946 voltou pela primeira vez a Exu (Pernambuco), e o reencontro com seu pai é narrado em sua composição Respeita Januário, parceria com Humberto Teixeira.

Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha se tornado sua secretária particular. O casal viveu junto até perto do fim da vida de "Lua". E com ela teve outro filho que Lua a Chamava de Rosinha.

Gonzaga sofria de osteoporose. Morreu vítima de parada cárdio-respiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana. Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte (à contragosto de Gonzaguinha, que pediu que o corpo fosse levado o mais rápido possível para Exu, irritando várias pessoas que iriam ao velório e tornando Gonzaguinha "persona non grata" em Juazeiro do Norte) e posteriormente sepultado em seu município natal. Sua música mais famosa é Asa Branca

Sucessos

Estátua de bronze que, junto com Jackson do Pandeiro, fica de frente ao Açude Velho. Campina Grande (PB-Brasil).

    * A dança da moda, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
    * A feira de Caruaru, Onildo Almeida (1957)
    * A letra I, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
    * A morte do vaqueiro, Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho (1963)
    * A triste partida, Patativa do Assaré (1964)
    * A vida do viajante, Hervé Cordovil e Luiz Gonzaga (1953)
    * Acauã, Zé Dantas (1952)
    * Adeus, Iracema, Zé Dantas (1962)
    * Á-bê-cê do sertão, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
    * Adeus, Pernambuco, Hervé Cordovil e Manezinho Araújo (1952)
    * Algodão, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
    * Amanhã eu vou, Beduíno e Luiz Gonzaga (1951)
    * Amor da minha vida, Benil Santos e Raul Sampaio (1960)
    * Asa-branca, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1947)
    * Assum-preto, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)
    * Ave-maria sertaneja, Júlio Ricardo e O. de Oliveira (1964)
    * Baião, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1946)
    * Baião da Penha, David Nasser e Guio de Morais (1951)
    * Beata Mocinha, Manezinho Araújo e Zé Renato (1952)
    * Boi bumbá, Gonzaguinha e Luiz Gonzaga (1965)
    * Boiadeiro, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1950)
    * Cacimba Nova, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1964)
    * Calango da lacraia, Jeová Portela e Luiz Gonzaga (1946)
    * O Cheiro de Carolina, - Sua Sanfona e Sua Simpatia - Amorim Roxo e Zé Gonzaga (1998)
    * Chofer de praça, Evaldo Ruy e Fernando Lobo (1950)
    * Cigarro de paia, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1951)
    * Cintura fina, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
    * Cortando pano, Jeová Portela, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1945)
    * Dezessete légua e meia, Carlos Barroso e Humberto Teixeira (1950)
    * Feira de gado, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)
    * Firim, firim, firim, Alcebíades Nogueira e Luiz Gonzaga (1948)
    * Fogo sem fuzil, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1965)
    * Fole gemedor, Luiz Gonzaga (1964)
    * Forró de Mané Vito, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
    * Forró de Zé Antão, Zé Dantas (1962)
    * Forró de Zé do Baile, Severino Ramos (1964)
    * Forró de Zé Tatu, Jorge de Castro e Zé Ramos (1955)
    * Forró no escuro, Luiz Gonzaga (1957)
    * Fuga da África, Luiz Gonzaga (1944)
    * Hora do adeus, Luiz Queiroga e Onildo Almeida (1967)
    * Imbalança, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1952)
    * Jardim da saudade, Alcides Gonçalves e Lupicínio Rodrigues (1952)
    * Juca, Lupicínio Rodrigues (1952)
    * Lascando o cano, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)
    * Légua tirana, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1949)
    * Lembrança de primavera, Gonzaguinha (1964)
    * Liforme instravagante, Raimundo Granjeiro (1963)
    * Lorota boa, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1949)
    * Moda da mula preta, Raul Torres (1948)
    * Moreninha tentação, Sylvio Moacyr de Araújo e Luiz Gonzaga (1953)
    * No Ceará não tem disso, não, Guio de Morais (1950)
    * No meu pé de serra, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1947)
    * Noites brasileiras, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)
    * Numa sala de reboco, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1964)
    * O maior tocador, Luiz Guimarães (1965)
    * O xote das meninas, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
    * Ô véio macho, Rosil Cavalcanti (1962)
    * Obrigado, João Paulo, Luiz Gonzaga e Padre Gothardo (1981)
    * O fole roncou, Luiz Gonzaga e Nelson Valença (1973)
    * Óia eu aqui de novo, Antônio Barros (1967)
    * Olha pro céu, Luiz Gonzaga e Peterpan (1951)
    * Ou casa, ou morre, Elias Soares (1967)
    * Ovo azul, Miguel Lima e Paraguaçu (1946)
    * Padroeira do Brasil, Luiz Gonzaga e Raimundo Granjeiro (1955)
    * Pão-duro, Assis Valente e Luiz Gonzaga (1946)
    * Pássaro carão, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1962)
    * Pau-de-arara, Guio de Morais e Luiz Gonzaga (1952)
    * Paulo Afonso, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1955)
    * Pé de serra, Luiz Gonzaga (1942)
    * Penerô xerém, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1945)
    * Perpétua, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1946)
    * Piauí, Sylvio Moacyr de Araújo (1952)
    * Piriri, Albuquerque e João Silva (1965)
    * Quase maluco, Luiz Gonzaga e Victor Simon (1950)
    * Quer ir mais eu?, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1947)
    * Quero chá, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1965)
    * Padre sertanejo, Helena Gonzaga e Pantaleão (1964)
    * Respeita Januário, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)
    * Retrato de Um Forró,Luiz Ramalho e Luiz Gonzaga (1974)
    * Riacho do Navio, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1955)
    * Sabiá, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1951)
    * Sanfona do povo, Luiz Gonzaga e Luiz Guimarães (1964)
    * Sanfoneiro Zé Tatu, Onildo Almeida (1962)
    * São-joão na roça, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1952)
    * Siri jogando bola, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1956)
    * Vem, morena, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
    * Vira-e-mexe, Luiz Gonzaga (1941)
    * Xanduzinha, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)
    * Xote dos cabeludos, José Clementino e Luiz Gonzaga (1967)
    * Antônio Nunes, meu Amor, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro (1000)
    * Maçons, Meus Relógios, Luiz Gonzaga e [Jackson do Pandeiro] (1500)
    * A minha tia godofreda weberrenta, Luiz Gonzaga, e seu tio [Antônio Nunes] (1395)

Notas

   1. Segundo a ortografia vigente, o correto seria Luís Gonzaga.

Bibliografia

    * Dominique Dreyfus. Vida do Viajante: A saga de Luiz Gonzaga Vozes do Brasil (em português).  2.ed. São Paulo: 34, 1997. ISBN 8573260343
    * Assis Ângelo. Eu Vou Contar Pra Vocês (em português).  São Paulo: Ícone, 1990. ISBN 8527401312
    * Luiz Gonzaga: Vozes do Brasil (em português).  São Paulo: Martin Claret, 1990. ISBN 8572320016



22 de abr. de 2010

Almir Bezerra


Almir ,em 1964 foi um dos criadores do conjunto The Fevers, que alcançou grandes sucessos, no movimento Jovem Guarda. Em 1969, teve sua primeira composição gravada pelos Fevers, "Ela". No ano seguinte foi a vez de "Esse mundo louco" e "Você morreu pra mim", parceria com Miguel e Rossini Pinto. Entre outras músicas de sua autoria gravadas pelo conjunto The Fevers estão "O amor é a razão", "O tempo vai passar" e "Não quero te perder". Em 1982 lançou seu primeiro disco solo, "Ainda existe amor", com entre outras, "Enquanto eu viver" e "Uma carta", parcerias com Rossini Pinto e "Anjo da noite", de Paulo Massadas, Michael Sullivan e Rossini Pinto. Em 1983 lançou o LP "Bate forte no peito", com duas parcerias com Rossini Pinto, "Só o seu cafuné" e "A saudade que ficou", além de "Velejar", de Fernando Augusto e Antônio Damasceno, entre outras. Em 1986 lançou o LP "Ritmos do coração" no qual interpretou diversos clássicos da música romântica brasileira, entre as quais, "Apelo", de Baden Powell e Vinícius de Moraes, "A noite do meu bem", de Dolores Duran, "Vingança", de Lupicínio Rodrigues e "Fracasso", de Mário Lago. No ano seguinte gravou "Ritmo do coração volume II", cantando "Ouça", de Maysa, "Marina", de Dorival Caymmi e "Balada triste", de Esdras Silva e Dalton Vogeler, entre outras. Em 1988 lançou "Ritmo do coração volume III", "Nossos momentos", de Luiz Reis e Haroldo Barbosa, "Atiraste uma pedra", de Herivelto Martins e David Nasser e "Deixei de te amar", de sua autoria e Pedrinho, entre outras. Em 1995 participou com o conjunto The Fevers das comemorações dos 30 anos da Jovem Guarda. Em 2005, integra a primeira formação do THE ORIGINALS, banda formada por grandes nomes da Jovem Guarda. Atualmente ,Almir segue carreira solo ,mais uma vez, com um excelente cd /dvd “A Volta dos Tempos",gravado em Recife ,sua cidade natal. 

Texto retirado do site dnstudio.blogspot.com/2008/05/almir-bezerra-ex-fevers.html 




Mais um de SIMPLESMENTEEDMILSON........

Ofereço a vc...Renata Kelly..............

José Orlando


José Orlando Santos de Almeida ou simplesmente José Orlando  (Pedreiras, 11 de julho de 1954) é um cantor brasileiro.

José Orlando nasceu em Pedreiras, cidade do interior do Maranhão. Com 15 anos se mudou com a família para Fortaleza onde tudo começou. Ganhou um violão da mãe e aprendeu a tocar sozinho. Fez suas primeiras composições. Participou de programas de calouros e de festivais de música. Sempre se destacando nos mesmos, em 1975 gravou sua primeira música como compositor com o cantor Alípio Martins, que foi o padrinho do primeiro LP e muitos outros de sucesso. O seu primeiro disco foi um compacto simples em 1979. Depois gravou vários LPs com músicas de sucesso.

José Orlando já gravou 1 Compacto, 12 LPs, 25 CDs e 4 DVDs, o primeiro DVD gravado em Maceió, no teatro Deodoro, o segundo DVD com um “arquivo pessoal” com apresentações em programas de televisão, o terceiro em Santana do Mundaú – Alagoas, e o quarto em Parnamirim – RN – José Orlando já ostenta 4 discos de Ouro e já vendeu mais de 5 milhões de discos no Brasil e no exterior.

Como compositor já teve gravadas mais de 1.000 músicas, por intérpretes como Fafá de Belém, Grupo Kaoma, Alípio Martins, Júlio Nascimento, Sandro Becker, Eliane, Gian & Giovani, Genival Lacerda, Nilton César, Maria Alcina, Nando Cordel, Fernando Mendes, José Ribeiro, Alcymar Monteiro, Adriano e com várias bandas de forró como Mastruz com leite, Aviões do forró, Cavaleiros do Forró, Capital do Sol, Gaviões do Forró, Forró Siriguella, Forró Real, Banda Passaport, Canários do Reino, Rede de Balanço, Balança Neném e outras e mais de 200 cantores regionais.
 
Realiza mensalmente, uma média de 15 shows com a sua banda, Pistoleiros do Amor, por todo Norte e Nordeste, principalmente nos estados Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
 
Atualmente, jovens universitários e adolescentes curtem seus grandes sucessos e lotam as casas de shows para dançar.
A tecnologia dos tempos modernos veio em seu benefício. Através da Internet, em uma das maiores redes de encontros de amigos, Orkut, tem uma legião de fãs que se comunicam e marcam os grandes eventos.
 
Hoje o "pistoleiro do amor" não "atira" mais para todos os lados. Casado e pai de dois filhos, José Orlando está feliz com sua vida. A carreira não tem mais aquele ritmo intenso. Morando atualmente em Fortaleza, ele prefere dividir o tempo entre a família e os fãs. Com 27 anos de carreira, o compositor emplacou vários sucessos. O mais conhecido de todos hoje virou um hino para aqueles que adoram sofrer de paixão: " pistoleiro do amor".


Paulo Diniz


Paulo Diniz (Pesqueira, 24 de janeiro de 1940) é um cantor brasileiro.

Foi para o Recife trabalhar como crooner e baterista em casas noturnas. Foi locutor e ator de rádio e televisão, em Pernambuco e no Ceará. Em 1964 foi para o Rio de Janeiro, onde consultou a Rádio Tupi e passou a compor com mais freqüência. Sua primeira gravação saiu em 1966, com a música O Chorão.

Quatro anos depois lançou dois LPs, e em seguida dedicou-se à tarefa de musicalizar poemas de língua portuguesa de autores como Carlos Drummond de Andrade (E Agora, José?), Gregório de Matos (Definição do Amor), Augusto dos Anjos (Versos Íntimos), Jorge de Lima (Essa Nega Fulô) e Manuel Bandeira (Vou-me Embora pra Pasárgada).

Suas músicas foram gravadas por Clara Nunes, Emílio Santiago, Simone e outros. Entre seus sucessos destacam-se Pingos de Amor, gravado por vários intérpretes, Canoeiro, Um Chopp pra Distrair, I Want to Go Back to Bahia (uma homenagem a Caetano Veloso, então exilado em Londres) e Quem Tem um Olho É Rei, todas em parceria com Odibar.

Atualmente Paulo Diniz continua realizando apresentações, com a mesma voz vibrante de antes, porém numa cadeira de rodas, já que contraiu uma misteriosa doença em 2005 que paralisou seus membros inferiores.

Discografia

    * Brasil, Brasa, Braseiro, 1967
    * Quero Voltar Pra Bahia, 1970
    * Paulo Diniz (álbum de 1971), 1971
    * Lugar Comum, 1973
    * Paulo Diniz (álbum de 1974), 1974
    * Estradas, 1976
    * É Marca Ferrada, 1978
    * Canção do Exílio, 1984


21 de abr. de 2010

The Fevers


The Fevers era uma banda brasileira de rock e pop formada no Rio de Janeiro em 1964 e associada ao movimento da Jovem Guarda. Fez muito sucesso na segunda metade da década de 1960 e início da década de 1970, vindo se consagrar nos anos 1980 com as aberturas das novelas (Elas por Elas e Guerra dos Sexos, da Rede Globo). O grupo continua em plena atividade até os dias de hoje.

Histórico
Criada em 1964, a banda originalmente se chamava The Fenders e seus membros originais eram Almir (vocais), Liebert (contrabaixo), Lécio do Nascimento (bateria), Pedrinho (guitarra), Cleudir (teclados) e Jimmy Cruise (vocais). Em 1965, Jimmy saiu do grupo e os membros remanescentes decidiram mudar o nome para The Fevers, foi quando entraram mais dois componentes, Miguel Plopschi em 1968 e Luiz Claudio em 1969.

Gravaram seus primeiros discos em 1965 e 1966 pela Philips, os compactos Vamos dançar o letkiss (versão de Letkiss), Wooly Bully (de Domingo Samudio, em versão) e Não vivo na solidão. Em 1966 apareceram no filme Na Onda do Iê-Iê-Iê.

Passando para a Odeon ainda em 1966, revelaram-se um dos mais importantes grupos vocais-instrumentais da Jovem Guarda. Fizeram (muitas vezes sem créditos nos discos) o acompanhamento instrumental de gravações de Eduardo Araújo (O bom), Deny e Dino (Coruja), Erasmo Carlos (os LPs O Tremendão e Você me acende), Roberto Carlos (gravações como Eu te darei o céu e Eu estou apaixonado por você), Golden Boys, Wilson Simonal (faixas como Mamãe passou açúcar em mim), Trio Esperança (LP A festa do Bolinha), Jorge Benjor (o LP O bidu/Silêncio no Brooklin) e o primeiro LP de Paulo Sérgio.

O grupo foi eleito melhor conjunto para bailes em 1968 e lançou um LP chamado Os Reis do Baile. No ano de 1968, entra na banda o saxofonista Miguel Plopschi, em 1969 o vocalista Luís Cláudio entrou para a banda cantando os grandes sucessos em inglês; em 1975 entrou Augusto César, no ano seguinte Pedrinho sai da banda. Em 1979, com a saída de Almir, a banda convidou Michael Sullivan que dividiu o vocal com Augusto César.

Em 1982 a música Elas por Elas (Augusto César e Nelson Motta) entrou na abertura da novela da TV Globo colocando o grupo como um dos grandes vendedores de discos e de shows do país. Em 1983, outra abertura de novela: a música Guerra dos Sexos (Augusto César e Cláudio Rabello) trouxe um público mais jovem a conhecer o trabalho do grupo. O componente Miguel Plopschi se desliga da banda e assume a direção artistica da gravadora BMG nessa época.

Em 1985, entra Miguel Ângelo como tecladista da banda, Michael Sullivan sai no ano seguinte. Em 1988, Augusto César grava um disco solo e convida o talentoso vocalista e guitarrista César Lemos que permanece 3 anos no grupo. Em 1988, é a vez de Cleudir sair.

Na década de 1990, outra mudança na banda: sai César Lemos e entra o guitarrista Rama. Por problemas de saúde, sai o baterista Lécio e entra Darcy. Almir Bezerra retorna à banda depois de 12 anos. Em 1994, Darcy dá lugar ao baterista Otávio. Com essa formação, os Fevers passam a década de 1990 sem fazer muito sucesso.

Em meados de 2000, Almir sai novamente da banda e quem assume o vocal principal agora é Luis Claudio.

Discografia

  • Vamos Dançar o Let Kiss (1965)
  • A Juventude Manda vol. I (1966)
  • A Juventude Manda vol. II (1967)
  • The Fevers vol. III (1968)
  • Os Reis do Baile (1969)
  • O Máximo em Festa (1969)
  • Fevers (1970)
  • Explosão musical dos Fevers (1971)
  • Fevers (1972)
  • Fevers (1973)
  • Fevers (1974)
  • O Sol Nasce Para Todos (1975)
  • Fevers (1976)
  • Fevers (1977)
  • Fevers (1978)
  • Disco Club (1979)
  • Fevers (1980)
  • Fevers (1981)
  • Fevers (1982)
  • Fevers (1983)
  • A Maior Festa do Mundo (1983)
  • Fevers (1984)
  • Fevers (1985)
  • Fevers (1986)
  • Fevers (1987)
  • Fevers (1988)
  • Fevers (1989)
  • Fevers (1991)
  • Agora é Pra Valer (1992)
  • A Gente era Feliz e Não Sabia (1995)
  • Vem Dançar (1998)
  • Ao Vivo (1999)
  • Fevers (2004)
  • Ao Vivo (2007) - CD e DVD

Integrantes

  • Formação Atual:
    • Luis Cláudio, Liebert, Rama, Otávio Henrique e Miguel Ângelo.
  • Formação Original:
    • Almir, Lécio, Miguel plopschi,Pedrinho, Cleudir, Luis Cláudio e Liebert.
  • Outros Integrantes:
    • Michael Sullivan, César Lemos, Darcy Fernandes e Augusto César.

Márcio Greyck


Márcio Greyck (Belo Horizonte, 30 de agosto de 1947) é um músico, cantor e compositor  dos mais bem sucedidos no cenário artístico do Brasil.


Márcio Greyck é dono de uma das carreiras de maior sucesso no cenário artístico brasileiro como cantor e compositor.

Mineiro de Belo Horizonte, onde passou sua infância e adolescência apurando o seu romantismo através das serenatas que fazia embaixo das janelas de suas primeiras fãs. Foi na Polydor, em 1967, que Márcio Greyck gravou seu primeiro compacto simples com uma versão de Eleanor Rigby “Minha Menina” de Lennon e McCartney e também sua primeira composição “Venha Sorrindo” seguindo uma série de três Lp’s. Ao mesmo tempo assina contrato exclusivo com a TV Tupi, após ter se apresentado no famoso programa de Bibi Ferreira, dirigido por Péricles Leal e Roberto Jorge e passa a atuar em todos os programas musicais daquela emissora, inclusive apresentando o seu próprio programa (O mundo é dos jovens) ao lado de Sandra na extinta TV Tupi de São Paulo, cantando e gravando canções dos Beatles como: Sempre vou te amar (When I’m Sixty-Four) Ela me deixou chorando (Lucy in the Sky With Diamonds), Penny Lane, entre outras. O cinema também descobriu Márcio Greyck, que protagonizou juntamente com a cantora Adriana, o filme (Em ritmo jovem) com participações de Grande Otelo e Vanja Orico, e um outro, também longa metragem em cores logo depois, chamado (O amor em quatro tempos) onde ele interpreta um jovem sonhador da idade média.

Em 1970, assina contrato com a então CBS, hoje Sony Music e grava o que seria o seu primeiro grande sucesso em vendas com a sua composição em parceria com seu irmão Cobel, chamada “Impossível acreditar que perdi você” alcançando então, uma vendagem de mais de 500 mil cópias, o que para a época em que o mercado de discos era ainda bem menor, foi considerado como um fenômeno de vendas, além de se manter em primeiríssimo lugar por mais de seis meses em todas as paradas pelo Brasil afora. Sucesso comprovado por inúmeros artistas de interpretações e estilos diversos que também a gravaram, tais como: Wilson Simonal, Rosana, Gilliard, Perla, Os Vips, João Mineiro e Marciano, Joelma, Agnaldo Rayol, Trio Esperança, Jerry Adriani, Fernando Mendes, Conjunto Lafaiete, Orquestra Caravelli da França, entre outros.

No ano seguinte, uma nova super dose de sucesso com a canção, “O mais importante é o verdadeiro amor”, também primeiro lugar em todas as paradas, e o mesmo acontecendo em seguida com “O infinito” “Quando me lembram você” e “Não sei onde te encontrar” que são sucessos simultâneos desta época em que Márcio Greyck, é um dos artistas que mais atuam na TV, em programas como: Silvio Santos, Chacrinha, Flávio Cavalcante, Bolinha, Raul Gil, Haroldo de Andrade, José Messias, Hebe Camargo, Gugu Liberato, Geração 80, Globo de ouro, Fantástico, entre outros. Márcio Greyck tem duas de suas composições gravadas por Roberto Carlos “Tentativa” e “Vivendo por viver” que recentemente, foi também gravada por Zezé di Camargo e Luciano com grande sucesso e também pelo Trio Irakitan e Sérgio Reis, sendo ainda lançada na Itália, pela Universal Music como “Vivendo per vivere” em um CD gravado pelo cantor Ralf, com o titulo de “Musicas Brasilianas”. Erasmo Carlos gravou “Até quando?”.  Agnaldo Timóteo e Verônica Sabino, também estão entre outros, que gravaram canções de sua autoria.

Em 1981, o cantor Márcio Greyck volta aos estúdios e grava “Aparências” de (Cury e Fatha) que se torna um novo e grande sucesso em vendas no mundo do disco, lançado também em espanhol em quase todos os países do idioma e também em Portugal.

O sucesso de “Aparências” atravessou as fronteiras do Brasil sendo lançada em vários países, e inclusive gravada também, pela orquestra de Ray Conniff que a gravou em uma seleção de canções latinas, com aquele seu inconfundível e famoso estilo.

Márcio Greyck torna se então aí, um artista internacional que lidera novamente as paradas de sucesso em todo o Brasil e segue estourando canções como: “O travesseiro” “Honestamente” e “Reencontro”, essa que inclusive foi tema do par romântico da novela (Louco amor) da TV Globo.  No ano de 1983, Márcio Greyck participa do 23º Festival Internacional de Vinã del Mar no Chile e ganha o troféu (Gaviota de Plata ) com a canção (Yo te agradezco) de Mauricio Dubocc e Carlos Colla e lança o seu primeiro Lp em espanhol para toda a América latina, por onde em seguida, viaja promovendo o disco e fazendo shows .

Em 84... Greyck para com tudo!!!

Totalmente desmotivado, se isola em seu sitio em Saquarema, e só recupera sua motivação em 1997, quando lança pelo selo Albatroz o CD (No tempo, no ar e no coração) que é também titulo de uma canção de sua autoria em parceria com Paulo Sérgio Valle, que resgata e atualiza seu repertório com a tecnologia e arranjos contemporâneos e volta aos programas de TV, rádio e etc. promovendo o lançamento e viajando por todo o país com sua nova Banda, após estréia no "Pálace" em São Paulo. Simultaneamente são lançados também no mercado, os CDs com as gravações originais remasterizados.  

Fábio Júnior, também gravou a canção “Impossível acreditar que perdi você” que foi tema da novela “A indomada” da TV Globo e que somada a recente regravação de Rita Ribeiro, produzida por Zeca Baleiro, como a nova revelação da nova MPB e também de Verônica Sabino, hoje passa de 50 as gravações desta mesma canção. Márcio Greyck foi então convidado pela TV Globo a gravar a trilha da “A indomada” em espanhol, para ser lançada em todos os países do idioma, em que for comercializada a novela.

No primeiro semestre de 2001, Márcio Greyck, após apresentar seu show "No tempo, no ar e no coração" no teatro Don Silvério em Belo Horizonte, com sucesso absoluto, recebe das mãos do representante do ministro da cultura, o Troféu PRÓ-MÚSICA, como o compositor do ano 2000 em Minas Gerais, consagrando de vez a sua volta aos palcos da vida! Márcio Greyck também figura como compositor e produtor na trilha sonora da novela “Malhação" da TV Globo ano 2003, em parceria com o seu filho caçula "Bruno Miguel" que a interpreta, chamada "Faz assim" enquanto elabora um novo CD com canções inéditas, além de participar do CD “O pulo do gato” produzido por Gileno Azevedo cantando...“Uma palavra amiga” (sucesso de Roberto Carlos) em homenagem a um dos maiores compositores da jovem guarda, o Getúlio Cortes.

Márcio Greyck recebeu recentemente das mãos de Silvio Santos a coroa de prata no programa “Rei Majestade” do SBT. Atualmente, resgata a sua cidadania vivendo em Belo Horizonte, de onde sai eventualmente para atender aos inúmeros convites para se apresentar com sua banda, levando o seu show...“No tempo, no ar e no coração” por todo o Brasil, cantando e revivendo os seus grandes sucessos.