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20 de abr. de 2010

Edith Veiga


Nascida em Juquiá, interior de São Paulo, no dia 15 de fevereiro, Edith Veiga passou uma infância simples, mas sempre cercada de muita música, por conta de seu maior desejo: ser cantora.

Aos 15 anos, com a morte do pai, mudou-se com a família para São Paulo e, trabalhando como demonstradora de artigos eletrodomésticos ou cabeleireira, nas horas de folga começou a freqüentar e participar de quase todos os programas de calouros da época, tais como O telefone está chamando e A Hora do Pato. No entanto, só em 1961, com o segundo lugar alcançado no famoso concurso “A Voz de Ouro ABC”, líder de audiência da TV Record – Canal 7, defendendo o samba-canção Castigo (Dolores Duran), as portas para a sua carreira artística foram definitivamente abertas.

Nessa ocasião, Palmeira (da dupla sertaneja Palmeira e Biá) que era diretor da gravadora Chantecler, acompanhando pela tv,  encantou-se com o timbre impressionante da moça e contratou-a para a gravação de um bolero que acabou se tornando um dos maiores sucessos, senão o maior daquele ano: Faz-me Rir (versão de Teixeira Filho para Me Dá Risa, de autoria da dupla chilena Yone e Arias).

O lançamento aconteceu no formato 78 rotações e tinha do outro lado a versão Nunca aos Domingos (Never on Sunday), que mesmo com o sucesso estrondoso de Faz-Me Rir, acabou sendo bem executada. No total foram 500 mil discos vendidos.

No mesmo ano, a Chantecler lançou o primeiro LP de Edith, “Faz-Me Rir e Outros Sucessos” e mais gravações acabaram entrando para as paradas, entre elas Rumores, De Quem Estás Enamorado e Inveja – todas versões de boleros de sucesso da época. Por conta de todo esse “estouro”, Edith ganhou os principais troféus, inclusive os cobiçados Roquete Pinto e Chico Viola, todos na categoria de Melhor Revelação.

No ano seguinte, lançou o LP “Sozinha”. De lá, saíram sucessos como Acho Graça e a faixa-titulo, que foi tema  de uma novela da TV Tupi, chamada “A canção que a noite levou” da qual Edith chegou a participar, ao lado de Hugo Santana.

Em 1963, no auge da carreira, era uma das mais solicitadas cantoras do Brasil e chegou a se apresentar no Japão, parte da Europa e em quase toda a América Latina. Neste mesmo ano, lançou o LP “Noite Sem Ninguém” e apresentou por mais de um ano, no Canal 2 de São Paulo, o programa “Edith Veiga em Dois Tempos”, no qual recebia as principais personalidades da época, chegando a apresentar pela primeira vez ao público o cantor Altemar Dutra.

Em 1967 ,casou-se com o advogado Faiez Metne, com quem teve três filhos.Pelo fato de ter constituído família, continuou atuando, mas com menos intensidade. Durante esse período gravou muitos compactos e alternou sua voz em gêneros e estilos completamente variados, chagando a gravar bossa-nova, música de protesto, samba de morro e até jovem guarda.
 
Com o nascimento de sua primeira filha, Fabiana, em 1968, passou a atuar cada vez menos e permaneceu quase que completamente ausente das gravações de disco.
No começo da década de 70, gravou alguns poucos compactos, e somente em 1974 gravou um esperado lp, disco primoroso com um repertório privilegiado por clássicos da música brasileira e universal. Muito bem aceito pela crítica e o público, o álbum trazia releituras de Que Será (o maior sucesso de Dalva de Oliveira), Pedacinho do Céu (famoso chorinho de Waldir Azevedo,  La Barca(Roberto Cantoral) e um pot-pourri de clássicos da música portuguesa com acompanhamento da famosa típica de Manoel Marques.

Por todo o restante da década de 70, continuou atuando, gravando compactos, (inclusive a sempre pedida Eu Te Amei, Eu Te Amo, Eu Sempre de Amarei – 1976), freqüentando os principais programas de televisão, tais como “Almoço com as Estrelas”, “Globo de Ouro”, “Silvio Santos” e “Chacrinha” que carinhosamente a apelidou de “As Pernas Que Cantam”.
No ano de 1980 chegou a se apresentar no famoso Carnegie Hall, dos EUA, e a gravar dois clipes  para o “Fantástico” (da TV Globo), diretamente de Nova York, com as canções “Fim de comédia”, e “Não lhe quero mais”.

Contratada pela RGE, na mesma época, emplacou o bolero Meu Homem (Jair Amorim e Evaldo Gouveia) e gravou outro LP de sucesso, “Pensando em Ti”, com músicas de Roberto Carlos, Herivelto Martins, Lupicínio Rodrigues e algumas de sua autoria.

Em meados da década de 80 atuou muito no norte e nordeste, chegando até a gravar em Recife o LP “Como Se Fosse”, posteriormente lançado em cd e em catálogo até hoje.

Em 1989, lançou o LP “Começo da Vida” (RGE), casou-se pela segunda vez e por imposição do então atual marido,   afasta-se do meio artístico para se dedicar à vida conjugal, e retornar à sua terra natal.

No início da década seguinte, Edith retoma suas atividades , fazendo shows por todo o Brasil e lança um cd dedicado ao fado, fazendo assim uma homenagem à Amália Rodrigues, com quem chegou a dividir o palco em terras portuguesas, e na ocasição recebeu de presente da musa fadista um lindo xale com o qual se apresenta em shows.

Atualmente, EdithVeiga se apresenta pelo Brasil com um show que traz uma retrospectiva de sua carreira e tem como base o repertório de seu novo CD. Nele, músicas inéditas de sua autoria, regravações de clássicos da MPB e participações especiais de Cauby Peixoto, Agnaldo Timóteo e  Alcione.



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